sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Preconceito

Cada indivíduo possui suas particularidades, sejam elas físicas (cor, aparência, sexo, etc...) ou psicológicas (concepções, opção sexual, etc...). Nossas idéias a cerca de tudo são resultados de nossa formação social, política e cultural além de nossa experiência adquirida ao longo do tempo. Algumas concepções da formação dita anteriormente são vistas como verdades únicas e utilizadas como padrão, excluindo, assim, quem é diferente, pensa diferente ou agi diferente desse padrão. Daí nasce o preconceito.
Há diversos preconceitos (Preconceito contra a mulher, contra o negro, contra o homossexual, etc...).Nossa sociedade é cheia deles, sejam diretos ou indiretamente impostos. O indivíduo preconceituoso tenta inferiorizar a vítima, tenta predefinir sua essência como pessoa. Um exemplo é o preconceito contra mulher, que está aí desde os primoridos da existência humana. Mas, o pior dos preconceitos, e aquele que o indivíduo tem de si mesmo.


Átila Levy de Oliveira Assis

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Racismo - Luiz Fernando Veríssimo

Preconceito racial e discriminação racial são duas coisas diferentes.
O preconceito é um sentimento, fruto de condicionamento cultural ou de uma deformação mental, mas sempre incorrigível. Não se legisla sobre sentimentos, não se muda um habito de pensamento ou uma convicção herdada por decreto. Já a descriminação racial é o preconceito determinando atitudes, políticas, oportunidades e direitos, o convívio social e o econômico. Não se pode coagir ninguém a gostar de quem não gosta, mas qualquer sociedade democrática, para desmentir o nome, deve combater a descriminação por todos os meios – inclusive a coação.
Não concordo com quem diz que uma política de cotas para negros no estudo superior é discriminação. É coação, certo, mais para tentar corrigir um dos desequilíbrios que persistem na sociedade brasileira, o que reflete na educação a desigualdade de oportunidades de brancos e negros em todos os setores, mal disfarçada pela velha conversa da harmonia racial tão nossa. As cotas seriam irrealistas? Melhor igualdade artificial do que igualdade nenhuma.
Agora mesmo caíram em cima de quem disse – numa frase obviamente arrancada do contexto – que racismo de negro contra branco é justificável. Nenhum racismo é justificável, mas o ressentimento dos negros é. Construiu-se durante todos os anos em que a última nação do mundo a acabar com a escravatura continuou na prática o que o tinha abolido no papel. Não se esperava que o preconceito acabasse com o decreto da abolição, mas mais de 100 anos deveriam ter sido mais do que suficientes para que a discriminação diminuísse. Não diminuiu.
Igualar racismo de negro com racismo de branco não resiste a um teste elementar. O negro pode dizer – distinguindo com nitidez preconceito de descriminação – “Não precisa me amar, só me dê meus direitos”. Qual a frase mais próxima disto que um branco poderia dizer, sem provocar risos? “Não precisa me amar, só tenha paciência”? “Me ame, apesar de tudo”?. Pouco convincente.
É uma questão que vai e vem, como as marés. A velha oposição, na seleção brasileira, do time do povo e o time do técnico. Quando as coisas vão bem (Brasil 4, Chile 0) não há discussão, quando as coisas vão mal (Brasil ali ali, Gana 0) volta a questão. O povo quer os melhores sempre no time. Isto se repete há anos. Mudam os técnicos, mudam os melhores, muda, em boa parte o povo, e a questão continua indo e vindo. Como as marés.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Poema do conhecimento

Poema do Conhecimento do Ser
Conhecemos o amigo, quando precisamos dele. Conhecemos o parente, quando choramos. Conhecemos um profissional, quando há um desafio. Conhecemos um professor, quando a classe é problemática. Conhecemos um médico, na hora da operação delicada. Conhecemos o craque, na hora de virar o jogo. Conhecemos o poeta, na hora dele tirar leite de pedras. Conhecemos o inimigo, quando ele é leal na peleja. Conhecemos o vencedor, quando ele não tripudia sobre o derrotado. Conhecemos o anjo íntimo, quando a cruz que carregamos perde peso e tem uma leveza de nuvem numinosa. Conhecemos o chefe, não quando precisamos dele, mas quando ele elogia em público e critica reservadamente. Conhecemos a estrada quando ele oferece sol para o nosso olhar de descoberta de novos horizontes. Conhecemos o sábio quando ele é humilde, e o herói quando ele se revela eterno aprendiz de significados e lutas. Conhecemos o livro quando ele se revela em nós, com a nossa alma e mente feito uma página aberta. Conhecemos o céu quando sentimos a morte rondar, apesar de tanta gente querer ver Deus sem querer morrer... Conhecemos a arte quando ela nos toca o sensorial. Conhecemos a dor quando ela nos lapida na peregrinação. Conhecemos o bem da perda quando somos sacudidos para reagirmos em nossa comodidade e decadência. Conhecemos a fé quando estamos perdidos. Conhecemos a paz quando estamos no front e medimos vitórias e perdas. Conhecemos a oração quando ela nos salva de nós mesmos. Conhecemos o inferno quando queremos ser o que não somos. Conhecemos o infinito quando somos misericordiosos com os fracos e oprimidos. Conhecemos o santo quando o reconhecemos em amor e caridade. Conhecemos o espírito quando nos descobrimos finitos no espectro da carne. Por fim, conhecemos a luz quando estamos na luz.

Silas Correa Leite – Educador, Jornalista, Poeta

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Conhecimento

Dá-se o nome de conhecimento à relação que se estabelece entre um sujeito cognoscente e um objeto. Assim, todo conhecimento pressupõe dois elementos: o sujeito que quer conhecer e o objeto a ser conhecido.

Por extensão, dá-se também o nome de conhecimento ao saber acumulado pelo homem através das gerações.

O conhecimento pode ser concreto, quando o sujeito estabelece uma relação com o objeto individual. E pode ser abstrato, quando estabelece uma relação com um objeto geral, universal.Por exemplo, o conhecimento que temos de homem, como gênero.

Devemos ressaltar que a relação de conhecimento implica uma transformação tanto do sujeito quanto do objeto. O sujeito se transforma mediante o novo saber, e o objeto também se transforma, pois o conhecimento lhe dá sentido.

Há muitos modos de se conhecer o mundo, que dependem da postura do sujeito frente ao objeto de conhecimento: o mito, o senso comum, a ciência, a filosofia, a arte.

Todos eles são formas de conhecimento, pois cada um, a seu modo, desvenda os segredos do mundo, atribuindo-lhe um sentido.

O mito proporciona um conhecimento que é mágico porque ainda vem permeado pelo desejo de atrair o bem e afastar o mal, dando segurança e conforto ao homem.

O senso comum ou conhecimento espontâneo é a primeira compreensão do mundo resultante da herança do grupo a que pertencemos e das experiências atuais que continuam sendo efetuadas.

A ciência, procurando descobrir o funcionamento da natureza através, principalmente, das relações de causa e efeito, busca o conhecimento objetivo, lógico, através de métodos desenvolvidos para manter a coerência interna de suas afirmações.

A filosofia, por sua vez, propõe-se oferecer um tipo de conhecimento que busca, com todo o rigor, a origem dos problemas, relacionando-os a outros aspectos da vida humana, numa abordagem globalizante.

Já o conhecimento proporcionado pela arte nos dá não o conhecimento de um objeto, mas de um mundo, interpretado pela sensibilidade do artista e traduzido numa obra individual.

Cristina G. M. de Oliveira

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Iae galera!!!!

Estamos inaugurando o novo blogger dos veteranos da EI-11 , com o objetivo de tratar de assuntos e discussões que falam a respeito do conhecimento!O blogger será sempre atualizado com novos temas, aceitamos sugestões para deixa-lo cada vez mais interessante. Voltaremos com mais postagens. Esperamos que gostem do nosso trabalho. Obrigado!!!